29 novembro 2010


Castanhas com livros, poesia e… fado
 

Este ano com o S. Martinho e as habituais castanhas houve provérbios, adivinhas, livros, poesia e até um fado.
Deixamos-vos fotografias da instalação na biblioteca da E B de Vendas Novas nº1, da sessão com o 6º C, da feira que decorreu no Centro Educativo e, como não podia deixar de ser um belo poema do Ary, na voz do Carlos do Carmo.







O homem das castanhas

Música: Paulo de Carvalho
Letra:
Ary dos Santos
Voz: Carlos do Carmo

Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono, à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um desafio.

É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.






Vai à biblioteca que isso passa!
Em Outubro, Mês das Bibliotecas Escolares, as bibliotecas apostaram na importância da Leitura como meio para aquisição do conhecimento e de um bom domínio da língua.
Nas portas de cada sala houve muitas palavras escritas, algumas de forma errada, juntamente com o apelo “Vai à biblioteca que isso passa!” Nas bibliotecas, um painel enorme apresentava as formas correctas dos vocábulos que se encontravam nas portas das salas.
 Os alunos foram cumpridores e, de facto, vieram à biblioteca. Esperemos que a tendência para o erro (pelo menos para os que foram apontados) lhes tenha passado.










Bates à porta e ela abre-se…

Esta Casa/Biblioteca é um mundo onde o espaço dá nome ao que não tem nome, liberta sonho, fantasia e faz florescer as palavras.
Com elas (as palavras) irás onde quiseres, saberás o mundo e a vida e poderás escolher o teu próprio caminho.
Apropria-te do teu direito de LER e verás que tudo está lá.

O mundo é teu. Traça o teu percurso.