“As palavras, como os seres vivos, nascem de vocábulos anteriores, desenvolvem-se e fatalmente morrem. As mais afortunadas reproduzem-se. Há-as de índole agreste, cuja simples presença fere e degrada, e outras que de tão amoráveis tudo à sua volta suavizam. Estas iluminam, aquelas confundem. Umas são selvagens, irascíveis, cheiram mal dos pés, fungam e cospem no chão. Outras, logo ao lado, parecem altivas e delicadas orquídeas.”
In Milagrário Pessoal de José Eduardo Agualusa
Mais uma vez, na sétima edição dos Jogos Florais abraçámos as palavras meninas, solarengas, vestidas de esperança e também as que, por serem já crescidas, se tornaram sábias, maduras e por vezes doloridas.
Esta edição foi pródiga na arte de entrançar as palavras. Que elas floresçam e fiquem “a salvo da decadência e do esquecimento” no testemunho da diversidade e da essência que a todos nos enriquece, nos eleva e no qual cumprimos o verbo SER.
Premiados Jogos Florais 2011
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